João Paulo Rillo desiste de candidatura à Prefeitura de Rio Preto

Foto por: Alesp

Rillo desiste de disputar Prefeitura de Rio Preto

João Paulo Rillo desiste de candidatura à Prefeitura de Rio Preto

Por: Maria Elena Covre

18/06/2020 às 17:06

Política

Entre os motivos que João Paulo deverá apresentar está justamente a implosão da frente de esquerda que tentava costurar

O ex-deputado João Paulo Rillo retirou seu nome da disputa pela prefeitura de Rio Preto pelo PSOL. O DLNews apurou que ele deve tornar pública a decisão por meio de uma postagem nas redes sociais ainda nesta quinta-feira (18).

João Paulo, que chegou a bater na trave em 2008, quando disputou o segundo turno com Valdomiro Lopes, tem sido presença em todas as eleições municipais deste então. Neste ano, ele tentava costurar uma aliança em torno de seu nome com o PT, sua ex-legenda, e o PCdoB, entre outros partidos de esquerda.

Entre os motivos que João Paulo deverá apresentar está justamente a implosão dessa frente. A direção estadual do PT impôs candidatura própria a Rio Preto. João Paulo diz que a medida foi uma retaliação do mesmo grupo que o levou a deixar a sigla na qual militou por mais de 20 anos.

O DLNews apurou ainda que, estrategicamente, o PSOL deverá apresentar para a disputa a prefeito o nome do vereador Marco Rillo, que em abril deixou também o PT e se filiou ao partido do filho.

Assim, é forte dentro da legenda que João Paulo reforçaria, então, a chapa de vereadores do PSOL, como puxador de voto, tendo em vista o projeto de abrir cadeiras na Câmara.

Leia a íntegra da carta publicada por Rillo:

Pela unidade do campo democrático, popular e progressista em São José do Rio Preto

Dirijo-me às companheiras, companheiros e camaradas que, nesse momento, lutam pela vida e pelo que restou de democracia e liberdade neste país para anunciar minha retirada da disputa eleitoral para a prefeitura de São Jose do Rio Preto, na perspectiva de contribuir com a unidade do nosso campo.

A atual conjuntura exige maturidade e desprendimento. O mais importante é a unidade da esquerda em torno de um projeto socialmente justo para a cidade e o enfrentamento da agenda ultraliberal de desmonte do estado e avanço do fascismo.

Meu nome sofreu um veto por parte da direção estadual do Partido do Trabalhadores. Esse veto gerou desdobramentos e distância entre os três diretórios municipais (PT, PSOL e PCdoB) que já haviam se posicionado favoravelmente a uma coligação com o meu nome representando esse projeto.

Tenho muita esperança de que podemos construir uma alternativa possível para a cidade. Por coerência, decidi retirar meu nome da disputa e defender, com distanciamento e legitimidade, a unidade de todos os partidos de esquerda em torno de uma frente ampla, democrática e popular.

As vontades pessoais são legítimas, mas não devem jamais se sobrepor à construção política coletiva.

Tenho fé que, unidos, voltaremos a portar futuro e esperança para nosso povo.

Vamos em frente!