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Maria Alice Vergueiro tinha medo da morte e pavor de esquecer o texto em cena

Por: FOLHAPRESS -
03/06/2020 às 18:00
Famosos

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O maior medo de Maria Alice Vergueiro era a morte. Foi o que ela disse em uma entrevista à revista Serafina, da Folha de S.Paulo, em 2...


SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O maior medo de Maria Alice Vergueiro era a morte. Foi o que ela disse em uma entrevista à revista Serafina, da Folha de S.Paulo, em 2016, na qual afirmou temer "os bichinhos" que comeriam sua carne. "Por mais que te cremem, ou que você tenha a oportunidade de viver na escuridão total, fico pensando: vai que, de repente, você sente falta de ar", disse ela. "Sei que é um absurdo pensar nisso, pois já estarei em decomposição."
A atriz, que morreu, aos 85 anos, nesta quarta-feira (3), devido a uma pneumonia, viveu com Parkinson por mais de 19 anos
Em 2014, ela precisou interromper uma sessão da peça "As Três Velhas" ao perceber que não lembraria uma palavra sequer do texto, assinado pelo chileno Alejandro Jodorowsky.
Esse momento, que ela dizia sentir pavor ao recordar, foi a primeira vez que o público viu a atriz expressar sinais de Parkinson, embora ela já tivesse o diagnóstico havia anos.
Sobre a sensação de esquecer o texto em cena, disse que sentia pavor. "Mas ainda tenho a possibilidade de dar uma entrevista como esta. E de falar. E de pensar sobre o que estou falando. Isso é uma dádiva."
O curta metragem de humor "Tapa na Pantera", que viralizou na internet quando publicado em 2016 - sem a autorização, na época, dos diretores Esmir Filho, Mariana Bastos e Rafael Gomes-- é mais uma das obras que compõem a extensa lista de trabalhos arísticos de Vergueiro, que nele interpreta uma mulher que narra experiências cômicas vividas com o uso de maconha durante três décadas.
A morte de seu pai foi um ponto de virada na trajetória de artista. "Durante muito tempo procurei aquela energia em outros homens, até que percebi que a energia estava em mim. Comecei a compreender meu pai como ser humano, não mais como um deus. Neste momento, eu me aquietei, porque vi como é interessante não ser um mito", disse à Folha de S.Paulo em 2016.
Cacá Rosset, com quem Maria Alice fundou o teatro do Ornitorrinco, diz que ela tem "um descaralhamento". Neologismo enigmático, talvez diga respeito a algo mais profundo do que falta de pudor, ou o oposto da castração.

Publicado em Wed, 03 Jun 2020 17:46:00 -0300







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