Empresário Renato Marcos Ramos, que ficou 18 dias internado na UTI do hospital Austa, com coronavírus, recebeu alta e falou sobre a emoção de pegar o filho recém-nascido no colo
"(Pegar o filho no colo) Foi mais emocionante do que o
dia em que eu acordei da sedação e vi o meu filho pela primeira vez por uma
chamada de vídeo, que a enfermeira fez para a minha esposa”, contou o
empresário Renato Marcos Ramos, 46, de José Bonifácio, vítima do novo coronavírus,
que recebeu alta na tarde da última segunda-feira (13).
O paciente deu entrada no hospital
Austa, em Rio Preto, no dia 26 de março e ficou 18 dias internado na Unidade de
Terapia Intensiva (UTI), com Covid-19. A esposa de Marcos, Elisabeth Feitosa, que
também atestou positivo para a doença, ficou em isolamento domiciliar. Por
sorte, o bebê e o filho de dois anos não foram infectados.
O pequeno Pedro nasceu no dia 1º
de abril - data popularmente lembrada como o "Dia da Mentira”, mas que, na vida
do casal, vai ser sempre lembrada como uma grande verdade – a de que a fé vence
até mesmo as maiores dificuldades. "Eu tenho dois aniversários agora, o dia do
meu nascimento, que é dia 28 de maio, e agora o nascimento do Pedro, dia 1º de
abril, que é quando eu acordei da sedação e vi o meu garoto pela primeira vez”,
contou.
O menininho já pode ficar no colo
do pai, com alguns cuidados. "Sempre muito higienizado, depois de lavar bem as
mãos e os braços, usar álcool gel e máscara, seguro ele um pouquinho”, explica
o empresário. Quem também ganha os mimos do paizão guerreiro é o Vitor, de dois
anos.
"Pensa em um moleque que ficou
morrendo de saudades. Minha mulher chorava em casa e ele beijava o rosto dela: ’Mamãe,
você tá dodói? Agora vai sarar. Um doce esse meu menino’”.
Na tarde desta terça-feira (14),
enquanto falava com a reportagem do DLNews por telefone, Renato interrompeu a
ligação para atender a equipe multidisciplinar do Austa. A exemplo do primeiro
paciente com coronavírus a receber alta na unidade, ele continuará em
monitoramento, apesar de não apresentar mais riscos.