O prefeito de Rio Preto, Edinho Araújo (MDB), disse que vai manter o decreto de calamidade pública, publicado nesta quarta-feira (25), e pediu que a população fique em casa mesmo após o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na noite desta terça-feira (24). "Estamos seguindo rigidamente os protocolos de prevenção e enfrentamento da pandemia. São medidas que podem significar o salvamento de muitas vidas", afirmou o prefeito, em nota oficial. Rio Preto tem, até a manhã desta quarta-feira (25), oito casos positivos do novo coronavírus e 148 suspeitos.
Em discurso à Nação, Bolsonaro disse que a mídia tem criado um "clima de pavor” no País em cima da pandemia de coronavírus. Criticou também autoridades estaduais e municipais que teriam adotado o conceito de "terra arrasada”, decretando a proibição de transportes, o fechamento de comércio e o confinamento.
O presidente ainda atacou o fechamento das escolas, dizendo que as crianças estão fora do grupo de risco.
Em Rio Preto, Edinho ampliou as restrições com o decreto de calamidade pública. O texto prevê algumas alterações em relação ao decreto de estado de emergência em saúde como, por exemplo, a permissão para os estabelecimentos comerciais proibirem "o acesso de clientes, funcionários e colaboradores com sintomas gripais às dependências dos estabelecimentos e serviços, exceto os de saúde".
Com o novo texto, a Prefeitura passa a ter a "incumbência de fiscalizar eventual abuso de poder econômico no aumento arbitrário de preços dos insumos e servidores relacionados ao enfrentamento do COVID-19". Ou seja, os estabelecimentos que estiverem com os preços dos produtos ligados ao combate à doença, como álcool gel, máscaras, e luvas poderão ser multados por isso.
Outro ponto alterado é que os locais que comercializam produtos agrícolas deverão permanecer fechadas a partir de agora. Somente os estabelecimentos que prestam serviços veterinários poderão permanecer abertos em situações críticas ou de emergência.
Até o dia 15 de abril, Rio Preto está em quarentena, o que impede vários estabelecimentos de funcionar sob pena de pagar multa e ter o alvará cassado -
leia aqui. Até a tarde desta terça-feira (24), sete locais haviam sido multados pela Guarda Municipal e a Vigilância Sanitária por descumprimento das regras -
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