Unindo forças 1
Em meio à crise do coronavírus, com dois casos confirmados na cidade, a Secretaria de Saúde de Rio Preto conseguiu nesta terça-feira (17) o que parecia impossível: hospitais públicos e privados do município passaram por cima de históricas rivalidades e firmaram um pacto de colaboração para enfrentar a doença.
Unindo forças 2
Com a coordenação dos médicos Aldenis Borim (titular da pasta) e André Baitello (assessor especial), a Secretaria de Saúde reuniu representantes dos hospitais Austa, Beneficência Portuguesa, João Paulo II, Santa Casa, Santa Helena e também da Unimed. Todos convictos da importância de união e dispostos a contribuir com medidas que possam minimizar os efeitos da crise.
Plano de ação
Os hospitais particulares se comprometeram a disponibilizar os leitos de UTI para isolamento. Segundo o médico André Baitello, reuniões feitas durante a parte da manhã e o comecinho da noite desta terça (17) serviram para definir o plano de ação.
90 leitos
"O Hospital de Base tem 40 leitos, a Santa Casa tenta credenciar 22, já pediu habilitação para a Secretaria de Estado da Saúde. O João Paulo II tem 9, mas só um com isolamento. Com os particulares, chegamos a cerca de 90 leitos”, afirmou. O grupo também discute a implantação de um serviço 0800 que centralize todas as instituições.
Medidas futuras
As reuniões ainda continuarão durante a semana, conforme o desenvolvimento dos casos de coronavírus na cidade. E as ações devem ser ampliadas daqui por diante. "Se a gente perceber que o vírus está circulando entre nós, o que deve acontecer nos próximos dias, vamos adotar medidas mais firmes quanto à aglomerações, aulas e trabalho”, afirma Baitello.
Novas medidas
O anúncio do segundo caso confirmado de coronavírus em Rio Preto nesta terça-feira (17) veio acompanhado de mais uma série de medidas da Prefeitura de Rio Preto no sentido de conter o avanço da doença, com suspensão de exames como endoscopia e tratamentos dentários eletivos (sem urgência) na rede pública de saúde, mudanças nas rotinas dos serviços municipais e intensificação nas ações de conscientização.
No andar de cima
Oficialmente, o nome do homem de 44 anos que é a segunda vítima confirmada do coronavírus em Rio Preto foi mantido em sigilo. Mas sua identidade se alastrou informalmente, por se tratar de uma figura conhecida na cidade, de grande circulação nos meios sociais e que acabou imponto quarentena a muito outros figurões com os quais se relacionou nos últimos dias. Morador do condomínio Débora Cristina, ele preferiu cumprir o isolamento dos familiares em um hotel. Sua mulher, também com sintomas, colheu material para exames no Hospital de Base nesta terça-feira (17).
Preocupação
Esvaziamento do Calçadão de Rio Preto, ponto de comércio de rua mais importante da cidade, já começou a preocupar comerciantes. Nesta terça-feira (17), o local, que atrai milhares de consumidores de toda a região, estava às moscas.
Em casa
Apesar da falta de números oficiais, quem passou pelas vias do Calçadão garante que o cenário atual é preocupante. E a tendência é que fique ainda pior com possível agravamento da crise do coronavírus, que vem forçando muita gente a ficar enclausurada em casa e a alterar a rotina.
Vai passar
O cenário econômico deve piorar mais nas próximas semanas, mas as autoridades municipais tentam manter o otimismo. "O que pode ser dito hoje é que vai passar. Vai ser difícil muitos negócios se sustentarem. As vendas tendem a cair muito e quem trabalha no comércio tem que ter paciência e não cair em desespero”, diz o secretário de Desenvolvimento Econômico de Rio Preto, Jorge Luiz de Souza.
Menos arroz
E a crise do coronavírus está impactando também no preço do bom e velho arroz, fundamental na mesa do brasileiro, especialmente a população de menor poder aquisitivo. O valor médio para o saco varia entre R$ 46 em Santa Catarina e R$ 68 em Mato Grosso. A Tailândia, o maior mercado exportador mundial, está vendendo a tonelada por US$ 495 (aproximadamente R$ 2,4 mil), maior valor da commodity desde 2013. Segundo a Conab, a disponibilidade interna de arroz em 2020 no Brasil será a menor desde 1985.
Cobrou 1
O vereador Fábio Marcondes (PR) questiona a Prefeitura de Rio Preto a respeito da convocação dos profissionais da saúde classificados em concurso público, mas que ainda aguardam pelo chamado. O documento foi protocolado na terça-feira (17).
Cobrou 2
O motivo da cobrança é, segundo Marcondes, a incerteza de contágio pelo COVID-19, o coronavírus. Segundo ele, pela situação delicada da saúde pública no Brasil "é imprescindível que os quadros de saúde estejam completos e em pleno funcionamento, permitindo um combate mais efetivo às doenças”. Os concursados vão ocupar cargos de médico, dentista, veterinário, técnico de enfermagem, auxiliar de dentista, e outros.
Padre prefeito?
O padre Osvaldo de Oliveira Rosa, fenômeno de popularidade em Catanduva e região, seria a carta que o ex-prefeito Geraldo Vinholi tenta tirar da manga para levar o PSDB de volta ao comando da prefeitura da cidade nas eleições deste ano.
Influencer digital...
Para se ter ideia da fama do religioso, padre Osvaldo tem mais de 600 mil seguidores somente no Facebook. O município, por sua vez, tem 120 mil moradores. As missas de bênção que ele celebra todas as segundas-feiras, agora temporariamente suspensas devido ao coronavírus, atraem em torno de 500 pessoas.
...e cartola
Polêmico e articulado, ele é cartola de um time de futebol – o Catanduva F.C. - e comanda um gigantesco programa social na periferia de Catanduva. A queda de dom Otacílio do bispado da cidade é creditada ao poder dele, uma vez que ambos protagonizaram uma acirrada queda de braço devido à forma como o padre administrava os recursos da Igreja.
Tá no DNA
O DNA político é de família. Padre Osvaldo é irmão de padre Ernesto, que já foi prefeito de Américo de Campos e hoje responde pela paróquia do São Deocleciano, em Rio Preto. Padre Ernesto é também muito próximo do vereador Fábio Marcondes (PL).
Nada consta
A executiva do PSDB no Estado, sob comando de Marco Vinholi, filho de Geraldo Vinholi, nega as tratativas. Da mesma forma que o ex-deputados estadual Vaz de Lima, que coordenará as candidaturas a prefeito do PSDB em todos os municípios paulistas. Padre Osvaldo também foi procurado pela coluna, mas não se manifestou.
450 pré-candidatos
Vaz de Lima, aliás, anunciou em rede social neste final de semana que o partido já tem 450 pré-candidatos em todo os Estados de São Paulo, que totaliza 645 municípios. As filiações dos novatos que estão chegando foi no sábado, dia 14. No dia 3 de abril, prazo final para novas filiações, está previsto o último ato para receber novos pré-candidatos.
A aposta
Uma aposta e uma teoria interessantes correm nos bastidores da política de Rio Preto sobre as candidaturas a prefeito neste ano. A aposta é de que o ex-prefeito Valdomiro Lopes (PSB) faz tipo ao sinalizar que não tem interesse em colocar seu nome na disputa. O único freio que o impediria de não seria candidato seria a Justiça, uma vez que soma três condenações (em diferentes instâncias) por improbidade administrativa. Nenhuma com trânsito em julgado, no entanto.
A teoria
A teoria é de que uma suposta candidatura própria do DEM, que tenta seduzir o ex-deputado estadual Orlando Bolçone (PSB), seria uma boa saída para a legenda não ter de se comprometer nem com Edinho Araújo (MDB), de quem Rodrigo Garcia é próximo, nem com Renato Pupo, candidato do PSDB, aliado do DEM no Estado.
Em casa...
Com cargo de assessoria executiva no governo João Doria, o ex-deputado estadual Vaz de Lima (PSDB), de 67 anos, foi colocado em home office em função da crise do coronavírus. "Todos com mais de 60 anos recebemos orientações expressas para nos recolhermos. Estamos usando a tecnologia para trabalhar de casa”, contou o tucano, que também decidiu - com a mulher, Ivani Vaz de Lima - evitar atividades sociais, cinemas e restaurantes, por exemplo.
…com Mussolini
Para preencher o tempo de lazer dentro de casa, Vaz se debruçou sobre a leitura do romance "M, o filho do século”, que conta de forma surpreendente a ascensão do fascismo sob a ótica do ditador Mussolini. Com mais de 250 mil exemplares vendidos na Itália, a obra, de Antonio Scurati, foi laureada com o Prêmio Strega, o mais importante da literatura italiana. #ficaadica