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"Super mek japa” pesa mais de dois quilos, custa R$ 45 e alimenta quatro pessoas
Foto por: Augusto Fiorin
"Super mek japa” pesa mais de dois quilos, custa R$ 45 e alimenta quatro pessoas

Há 38 anos na Silva Jardim, Japa dá brinde de R$ 500 para quem comer ’super dogão’

Por: Augusto Fiorin (especial para o DLNews)
15/03/2020 às 09:35
Cidades

Com seu Mek Japa, Luiz Hideo Savay já foi até personagem do Fantástico


Na semana em que Rio Preto completa 168 anos, o município faz jus ao título de Terra de Oportunidades. Mais do que uma peça publicitária, quem vive aqui sabe o que a cidade tem a oferecer para quem inova e busca desafios.

Que o diga Luiz Hideo Savay, 58 anos. Em 1982, ele encontrava-se angustiado após adquirir financiamentos imobiliário e automotivo em seu nome. Bancário, assumia as tarefas em uma grande instituição financeira logo pela manhã e permanecia no local durante quase todo o dia. Ainda assim, ao final de cada mês, com os compromissos assumidos as contas não fechavam. Mais conhecido como Luiz Japonês, Savay precisava "abraçar” novas tarefas para, enfim, sair do vermelho.

E a receita para o sucesso viria apenas com alguns ingredientes: pão, salsicha, carne e os molhos. Pronto! A rua Silva Jardim, entre a Voluntários de São Paulo e a Bernardino de Campos, no Centro de São José do Rio Preto, passava a abrigar o cachorro-quente do Japonês. De segunda a segunda, das 18h às 2h, lá estava ele atendendo a amigos e clientes. Um detalhe, porém, atrapalhava o comerciante na luta de dia a dia: sua característica oriental. Não pelos olhinhos puxados, não. Mas pelo silêncio. 

Luiz era de poucas palavras e, diariamente, encontrava inúmeras dificuldades em se relacionar com a freguesia. "As vendas não ultrapassavam os 10 pães diários”, lembra. 

Além de conciliar a nova rotina com a de bancário, Savay decidiu investir em cursos. Inscreveu-se logo de cara em uma capacitação de atendimento ao público e em outra voltada à área da alimentação. 

Após dois anos, o empreendedor optou por abandonar a área financeira e se dedicar exclusivamente ao hot-dog. Mais que isso: acrescentou novos temperos à tradicional receita e aumentou o tamanho do pão. Se não bastasse, o lanche passava a atender com nova identidade, Mek Japa. Depois de 38 anos no mesmo ponto, hoje o estabelecimento ainda instalado na calçada da Silva Jardim é um dos mais tradicionais da cidade. 

O comerciante ainda inovou ao oferecer aos clientes três opções de cachorro-quente: o pequeno, comercializado a R$ 11, o médio, vendido a R$ 19, e o "super mek japa”, que pesa mais de dois quilos, custa R$ 45 e alimenta quatro pessoas. Vai encarar? Veja o vídeo abaixo.

Casado com a "dona Rosemary”, Japonês precisou recorrer a alguns funcionários para ajudá-lo no preparo dos recheios durante o dia. Quando o assunto é montar o hot-dog, porém, são poucos que têm a sua habilidade. Independente da extensão, cada sanduba não demora mais que 40 segundos pra ficar pronto. "Uma máquina”, brinca. 

Semanalmente, são produzidos 450 quilos de recheio. Segundo ele, a montagem é a gosto do cliente: frango, carne moída, mais ou menos molho, alface, requeijão e a pimenta, compondo, assim, uma deliciosa combinação.  

Com o seu Mek Japa foi personagem do jornalista Maurício Kubrusly, no Fantástico, e fez do local um ponto turístico de Rio Preto. Reúne viajantes dos mais diversos cantos do País em "sua” calçada, servindo a todos com entusiasmo e capricho. Novamente inovou ao oferecer aos mais gulosos uma disputa inusitada. Quem se atrever a devorar dois "super mek japa” em até uma hora, além de não pagar pelas guloseimas ainda leva R$ 500 de brinde. Desde que decidiu oferecer a disputa, apenas uma pessoa cumpriu a extravagante tarefa. 

Ressalta com veemência o segredo do sucesso: higiene, qualidade e bom atendimento. É comum ouvir dizer que quando uma pessoa faz o que ama ela alcança a vitória. Seguindo esse clichê, hoje, Luiz Japonês transformou-se em um empresário realizado. Foi bancário, superou adversidades e apossou-se da alegria desejada ao longo da vida graças ao popular cachorro-quente. Conquistou o que mais queria: uma profissão que o fizesse feliz. 

Não se arrepende dos caminhos que escolheu e orienta àqueles que encontram-se agoniados com o seguinte mantra: mais vale um carrinho de hot-dog  que valha por três do que três que não valham por um. "Humildade é o segredo”. Arigatô, Japa!









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