Por: Maria Elena Covre, Fabrício Carareto e Lucas Israel
14/03/2020 às 17:25
Bastidores
Xadrez
A abertura da janela partidária, no último dia 5, deu a senha para que a movimentação das peças no xadrez político rio-pretense. Três jogadas dignas de nota: o anúncio da filiação da coronel Helena ao Republicanos, a possível transferência de Orlando Bolçone (PSB) para o DEM e as conversas entre Carlos de Arnaldo (PDT) e Valdomiro Lopes (PSB).
Costura
A costura que levaria Bolçone para o DEM, debatida na última quinta-feira (12) com o vice-governador Rodrigo Garcia (DEM) no Palácio dos Bandeirantes, envolve o vereador Fabio Marcondes (PL). Marcondes, que já tinha anunciado sua ida para o Democratas, permaneceria no PL e seria candidato a vice-prefeito na chapa liderada por Bolçone.
A bênção
São dois os fatores que levam o grupo a jogar suas fichas na chapa Bolçone-Marcondes: o recall das eleições de 2016 – Bolçone teve 69 mil votos como candidato a prefeito e Marcondes, 8 mil para Câmara. O outro seria a bênção dos deputados Geninho Zuliani (DEM) e Luís Carlos Motta (PL) – além, é claro, do próprio apoio do vice-governador.
Todos contra um
O grupo ainda vai tentar atrair Valdomiro Lopes, que é praticamente carta fora do baralho na disputa pela Prefeitura neste ano. Com a entrada da coronel Helena no tabuleiro eleitoral, mais as pré-candidaturas de Bolçone, Carlos de Arnaldo, Renato Pupo (PSDB), João Paulo Rillo (Psol) e Filipe Marchesoni (Novo), a aposta é de que Rio Preto terá 2º turno. Contra Edinho Araújo (MDB).
Papo vai, papo vem
Mas os apoiadores de Edinho também estão se movimentando. Nesta sexta-feira (13), o tradicional restaurante Kiberama foi palco de um encontro entre o secretário de Governo, Jair Moretti, o secretário de Serviços Gerais, Ulisses Ramalho, o presidente do MDB, Pedro Nimer, e o presidente do Podemos, Kawel Lotti.
Casual
O quarteto trocou alguns dedos de prosa enquanto almoçava, mas o tema permanece um mistério. "Conversamos sobre a política de Rio Preto", disse Kawel. Já Nimer disse que tratou-se de "um encontro casual”. "Fui lá comer, encontrei com ele e convidei para sentar à mesa”, afirmou. Que coincidência, né?
Tudo ou nada
Abatido pelas consequências catastróficas do coronavírus, o comércio rio-pretense deposita suas esperanças em duas datas que historicamente são a tábua de salvação do setor no primeiro semestre: a Páscoa e o Dia das Mães, este último considerado um Natal fora de época, justamente pela força nas vendas.
Culpa do corona
A avaliação é do presidente do Sincomércio, Ricardo Arroyo, que relatou um leve crescimento no começo do ano. Mas o bombardeio que se seguiu em virtude do alastramento da doença pelo mundo paralisou o setor. "As vendas continuam a passos lentos, ninguém joga dinheiro fora. As pessoas vão no supermercado, fazem uma compra ou outra e pronto. Se antes comprava três, quatro calças, hoje compra uma”, diz. "E o corona veio para atrapalhar”.
Salvação
Mas, como a esperança é a última que morre, as festas servem como uma injeção de otimismo no comércio, que ameaçou decolar em 2019, com alta de 5%, segundo Arroyo. "Tem gente que está animada. Essa é nossa esperança. Sempre tivemos números bons nesta época”
Área Azul 1
O Ministério Público de Mirassol convocou para o próximo dia 31 audiência pública para debater a polêmica implantação do sistema de Área Azul na região central da cidade. Segundo o texto, o objetivo é encontrar "possíveis soluções para os principais problemas relacionados ao estacionamento no centro da cidade”. A audiência será feita no plenário do salão paroquial Padre Ernesto, situado na rua Sete de Setembro, 1966.
Área Azul 2
Implantada em julho de 2019, a Área Azul em Mirassol é alvo de polêmica. As confusões envolvendo a fiscalização do estacionamento rotativo levaram o Ministério Público a instaurar um inquérito civil para averiguar o caso.
Memória
Mesmo com o cancelamento do ato relembrando a morte de Marielle Franco, a data em que a ex-vereadora do Rio de Janeiro foi assassinada (14 de março) não passou em branco em Rio Preto. Pessoas ligadas ao Psol posicionaram faixas alusivas aos dois anos do crime, cobrando a solução do caso por parte da polícia em diversos pontos da cidade.
Guardadas
As faixas foram posicionadas neste sábado (14) nas avenidas Arthur Nonato, Mirassolândia, Fortunato Ernesto Vetorasso, Aparecida do Taboado e nos pontilhões da rodovia Washington Luís, que cortam a Bady Bassitt e a Alberto Andaló. As artes foram feitas para o protesto que aconteceria neste sábado no Calçadão, mas que foi cancelado pela alta nos casos de coronavírus.