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Uber é a única empresa a apresentar proposta para operar ciclofaixas de domingo em SP

Por: FOLHAPRESS - THIAGO AMÂNCIO
17/02/2020 às 20:00
Brasil e Mundo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Uber, empresa de transporte por aplicativo, foi a única companhia a apresentar uma proposta para administrar os 117,7 quilômetros d...


SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Uber, empresa de transporte por aplicativo, foi a única companhia a apresentar uma proposta para administrar os 117,7 quilômetros de ciclofaixas especiais de domingos e feriados em São Paulo.
Os envelopes com as propostas foram abertos nesta segunda (17), e só a Uber manifestou interesse. Agora, o projeto apresentado pela companhia precisa passar por avaliação técnica da Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes e da CPPU (Comissão de Proteção à Paisagem Urbana).
Em troca do patrocínio, a empresa ganha a possibilidade de expor sua marca nas ciclofaixas da cidade. Mas a proposta pode ser rejeitada se não estiver em conformidade com o que determina a regulação da publicidade no município, por exemplo.
O programa Ciclofaixa de Lazer foi criado em 2009 e reservava uma faixa do trânsito para bicicletas aos domingos e feriados em 117 km de vias. Desde 1º de setembro, porém, as ciclofaixas não são ativadas.
O programa era patrocinado pela Bradesco Seguros, que bancava a disposição de cones, funcionários em todos os cruzamentos para garantir a segurança de ciclistas e 50 mecânicos. Em 25 de agosto, a empresa interrompeu a parceria.
A prefeitura abriu, na sequência, concorrência para operar de forma emergencial o programa e anunciou que as faixas voltariam já em novembro, mas as empresas postulantes não se adequaram à proposta e o programa continuou desativado.
Em fevereiro deste ano, a gestão Bruno Covas (PSDB) abriu novo chamamento, que a Uber atendeu agora. A proposta da empresa ainda não foi aberta ao público, mas a minuta do edital prvia a ativação das ciclofaixas por 62 dias ao longo de 2020, com custo estimado de R$ 22,2 milhões —R$ 360 mil por domingo ou feriado.
A Uber tem avançado por frentes além do transporte por carros. Além de oferecer patrocínio para o programa de ciclovias de fim de semana (a troco de dispor sua marca por todo o trajeto), a companhia tem avançado no mercado de bicicletas e patinetes elétricos —a despeito do recuo de outras companhias do setor, como a Grow, que tirou os patinetes de 14 cidades do país.
No fim do ano passado, a Uber fechou parceria com o Governo de São Paulo e passou a exibir, no aplicativo, opção de viagens por transporte público (ônibus, trens e metrô), com horários de partida, chegada e caminhada para os pontos de embarque e desembarque.
Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), a capital paulista tem 473,7 quilômetros de ciclovias permanentes, além de 30,3 quilômetros de ciclorrotas —vias sinalizadas onde carros também podem circular.
Depois de três anos, a prefeitura voltou a expandir a malha cicloviária fixa da cidade (ciclofaixas que funcionam em todos os dias da semana, e não apenas aos domingos e feriados).
Em dezembro do ano passado, a gestão Bruno Covas anunciou um novo plano cicloviário, com construção de 173 quilômetros de novas faixas e reforma de 310 quilômetros dessas vias. A gestão, porém, retirou 12 km de faixas já existentes —no que chama de "remanejamento".
Apesar da expansão da malha, foram fechados dois bicicletários públicos em importantes rotas de ciclistas na capital paulista: o bicicletário da Praça dos Arcos, no fim da avenida Paulista, e o bicicletário do metrô Paraíso, ambos administrados pela Tembici com apoio da prefeitura. Estacionamentos da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) também perderam 70 de suas 85 vagas para bicicletas.

Publicado em Mon, 17 Feb 2020 19:32:00 -0300







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