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Advogado Adib Abdouni
Foto por: Divulgação
Advogado Adib Abdouni

Reitor da Universidade Brasil é alvo da PF por ameaças à delatora de fraudes no Fies

Por: Agência Brasil
13/02/2020 às 09:32
Brasil e Mundo

Operação ocorreu na manhã desta quinta-feira (13)


O advogado Adib Abdouni é o principal alvo da segunda fase da Operação Vagatomia, chamada ’Verità Protetta’, que cumpre nesta quinta-feira (13) três mandados de busca e apreensão na sede da Universidade Brasil na capital paulista e no escritório e residência do atual reitor. Addouni foi afastado do cargo por determinação da Justiça.

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal receberam diversas denúncias e informações sobre fraudes no FIES, além da comercialização de vagas no curso de medicina em um campus da universidade na cidade de Fernandópolis/SP e também em fraudes relacionadas ao exame Revalida, destinado a avaliar o conhecimento dos alunos que estudam ou estudaram medicina no exterior, principalmente no Paraguai, Bolívia e Argentina.

A Operação Vagatomia foi deflagrada em setembro de 2019 e prendeu vários integrantes da organização criminosa que também tiveram que cumprir várias medidas cautelares expedidas pela Justiça Federal de Jales/SP. Na primeira fase da operação, o antigo reitor, que também é dono do grupo educacional, foi preso e afastado do cargo em razão de diversas fraudes relacionadas a um curso de medicina na cidade de Fernandópolis/SP.

A Justiça afastou Abdouni do cargo na Universidade Brasil e determinou ainda que ele cumpra uma série de medidas cautelares, entre elas a proibição de contato com investigados da Vagatomia, a obrigação de comparecer ao juízo mensalmente para informar suas atividades e a proibição de se ausentar da região onde reside por mais de 30 dias sem autorização judicial.

A representação contra o reitor foi apresentada à Justiça pelo Delegado Cristiano Pádua da Silva, que conduz o inquérito da Vagatomia. O chefe da PF em Jales chegou a pedir a prisão preventiva do atual reitor da Universidade Brasil, mas a medida foi negada.

Segundo a PF, os pedidos tinham como objetivo ‘cessar ameaças e intimidações proferidas Addouni a testemunhas e à colaboradora da Vagatomia, bem como em razão do receio externado por pais e alunos em decorrência do comportamento intimidatório do reitor’.

Todo o material apreendido (documentos, celulares, mídias de armazenagem, computadores, dentre outros) será encaminhado para a sede da PF em Jales/SP para análise bem como a identificação de novos delitos ou envolvidos nos crimes. O reitor afastado poderá responder pelos crimes descritos no artigo 2º, parágrafo 1º, da Lei 12.850/2013 (obstrução de investigação de organização criminosa) e no artigo 344 do Código Penal (coação no curso do processo), entre outros eventualmente identificados nas investigações em curso.

Operação da PF fez apreensões na residência de Abdouni
Foto por: Divulgação/PF
Operação da PF fez apreensões na residência de Abdouni






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