A Famerp (Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto) foi palco, nesta terça-feira (22), da Oficina para Discussão da Proposta de Atualização do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, promovida pela Comissão Estadual do Coren-SP (Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo).
O encontro reuniu enfermeiros e docentes da região noroeste paulista, vindos de cidades como Jales, Votuporanga, Olímpia e Barretos, além de representantes da rede pública e privada de saúde de Rio Preto. A proposta é modernizar o atual Código de Ética, cuja última atualização ocorreu em 2017, adaptando-o às transformações tecnológicas e sociais da profissão.
"As redes sociais, os prontuários eletrônicos e a telessaúde, entre outros fatores, fizeram com que o código precisasse ser revisto”, explica a Profª Drª Beatriz Barco Tavares Jontaz Irigoyen, diretora de extensão da Famerp. Segundo ela, a instituição tem o compromisso de manter seu corpo docente atualizado frente às mudanças da área.
A reformulação é coordenada pelo Cofen (Conselho Federal de Enfermagem) e ocorre de forma escalonada. As oficinas regionais como a realizada em Rio Preto são preparatórias para a Assembleia Estadual, prevista para setembro. Depois, as propostas seguem para análise nas macrorregiões geográficas e, por fim, um congresso nacional será realizado em março de 2026, encerrando o processo.
Para a Profª Drª Maria Cristina Massarollo, coordenadora da Comissão Estadual e membro das Câmaras Técnicas do Coren-SP, a atualização é fundamental diante das mudanças da sociedade. "A sociedade muda de forma intensa, por isso há a necessidade da reformulação do código de ética”, afirmou.
Durante a oficina, os participantes foram divididos em grupos, conduzidos por moderadores da comissão, para avaliar e sugerir mudanças em artigos do código. As sugestões foram consolidadas em um documento único, debatido por todos os presentes.
Luciana de Jesus Tassoni, presidente da Comissão de Ética da Santa Casa de Jales, ressaltou a importância da atualização:
"É importante se manter atualizado, especialmente num mundo tão conectado, porque determinadas ações podem resultar em punições, como multa, advertência verbal, censura ou até cassação do registro profissional.”
Já Amanda Maris Costa, enfermeira da Santa Casa de Votuporanga, destacou que a proteção de dados é uma das questões mais sensíveis no novo código. "Participar dessas oficinas é, sem dúvida, uma forma de levar conhecimento à instituição”, pontuou.
As próximas oficinas devem ocorrer em Marília, Ribeirão Preto, São José dos Campos e Guarulhos.