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Mercado imobiliário de Rio Preto recua em maio, mas segue aquecido nas regiões periféricas e em faixas populares

Autor: LEONARDO GARCIA
26/06/2025 às 16:53
Cidades

Levantamento do CRECISP mostra queda nas vendas e locações, porém com forte movimentação de imóveis mais acessíveis e em áreas de expansão urbana


O mercado imobiliário de São José do Rio Preto e região registrou uma queda expressiva nas vendas e locações de imóveis residenciais usados em maio de 2025, segundo pesquisa divulgada pelo CRECISP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo). As vendas caíram 34,03% em relação a abril, e as locações recuaram ainda mais: 50,77%. Apesar da retração no mês, o acumulado do ano ainda aponta alta de 7,53% nas vendas, enquanto as locações seguem em forte queda, com retração de 79,56% no ano.

A pesquisa ouviu 77 imobiliárias de 22 municípios, incluindo Rio Preto, Barretos, Catanduva, Fernandópolis, Mirassol, Olímpia e Votuporanga.

Imóveis mais acessíveis concentram as vendas

A maioria dos imóveis vendidos foi de casas (63%), principalmente com 2 dormitórios (64%) e área útil entre 100 m² e 200 m². Os apartamentos representaram 37% das vendas, com destaque para unidades de 2 dormitórios (66,7%) e até 100 m² de área.

Mais da metade das transações (51,5%) ocorreu em regiões periféricas, enquanto 33,3% foram em bairros nobres e 15,2% na região central. O financiamento por bancos diferentes da Caixa foi a principal forma de pagamento (38,2%), seguido pela Caixa (23,5%) e pagamento à vista (23,5%).

O preço dos imóveis vendidos variou, mas 25% das vendas foram de unidades avaliadas entre R$ 151 mil e R$ 200 mil, faixa considerada de interesse popular. Mais da metade dos imóveis (55%) foi vendida sem desconto, o que indica estabilidade de preços mesmo diante da retração nas vendas.

Locação em baixa, mas estável nas faixas populares

As locações também caíram, mas o mercado se manteve aquecido em faixas populares. As casas responderam por 87% dos contratos, com predomínio de imóveis com 2 ou 3 dormitórios e áreas entre 50 m² e 100 m². Entre os apartamentos locados (13%), a maioria também era de 2 dormitórios.

A faixa de aluguel mais comum ficou entre R$ 1.000 e R$ 1.500 (38,1%), seguida por imóveis de R$ 501 a R$ 750 (23,8%). A garantia mais usada foi o seguro fiança (46,4%), à frente de fiador (32,1%) e depósito caução (14,3%).

As locações ocorreram principalmente em regiões periféricas (48%), com menor incidência em áreas nobres (28%) e centrais (24%).

Fundamentos sólidos e investimentos sustentam perspectivas

Apesar do recuo no volume de negócios, especialistas apontam que os fundamentos do mercado imobiliário regional permanecem sólidos. O presidente do CRECISP, José Augusto Viana Neto, avalia que o cenário reflete um ajuste natural do mercado e que a expectativa é de recuperação gradual a partir do segundo semestre.

Ele destaca como fatores positivos os investimentos em infraestrutura urbana e mobilidade na região de Rio Preto, como:
A revitalização do Centro, com melhorias em iluminação, espaços públicos e acessibilidade;
A expansão do Distrito Industrial Waldemar Verdi, que atrai novas empresas e fomenta o mercado de trabalho e moradia;
Obras viárias importantes, como a duplicação das avenidas Philadelpho Gouveia Netto e Lino José de Seixas;
E projetos habitacionais de interesse social, que ampliam o acesso à casa própria para famílias de baixa e média renda.

Rio Preto segue como polo regional de saúde, comércio e serviços, atraindo moradores e investidores de toda a região noroeste paulista. O setor imobiliário, apesar da oscilação no curto prazo, continua sendo um dos pilares da economia local.







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