Com a chegada do outono, o aumento na circulação de vírus respiratórios tem pressionado unidades de saúde em São José do Rio Preto e em diversas regiões do país. Laboratórios da cidade registraram crescimento expressivo na demanda por exames para detectar gripe, COVID-19, bronquiolite e outras infecções, evidenciando um cenário de alerta.
Entre os adultos, a Influenza A tem sido a principal responsável por febres altas, dores no corpo e mal-estar intenso. Já nas crianças, a situação é mais delicada: o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) tem acometido bebês e menores de cinco anos, frequentemente com necessidade de internação devido à evolução para bronquiolite, pneumonia ou otite.
A médica patologista clínica Maria Gabriela de Lucca, do laboratório Ultra-X, confirma a tendência de aumento. "Temos observado muitos resultados positivos para Influenza A, inclusive em pacientes que acreditavam estar apenas resfriados. Os quadros exigem atenção e, em alguns casos, prescrição de antivirais”, afirma.
No público infantil, o volume de testagens para VSR aumentou significativamente. "Recebemos muitas amostras de secreção respiratória e constatamos uma incidência elevada de vírus que exigem resposta rápida. O diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações graves”, alerta a médica.
Ela reforça que a testagem laboratorial é uma ferramenta-chave neste momento, pois permite identificar o agente causador da infecção e orientar o tratamento adequado, evitando uso desnecessário de antibióticos e prevenindo agravamentos.
Além disso, Maria Gabriela destaca medidas preventivas fundamentais para conter o avanço das infecções: vacinação em dia, especialmente contra gripe e COVID-19, lavagem frequente das mãos, uso de álcool em gel e evitar locais fechados e aglomerados, sobretudo para crianças pequenas, idosos e pessoas imunossuprimidas.
A orientação é clara: em caso de sintomas gripais, a recomendação é procurar orientação médica, testar e manter os cuidados para proteger a si e aos outros.