Fazer um intercâmbio tem se tornado um objetivo cada vez mais presente entre os jovens brasileiros. Todos os anos, cresce o número de estudantes que buscam experiências acadêmicas no exterior, seja de curta ou longa duração. No entanto, o alto custo ainda é um desafio. Para viabilizar essa meta, o financiamento estudantil tem sido uma alternativa amplamente utilizada. Segundo dados da plataforma Pravaler, em 2024 houve um aumento de 83% no número de contratos de financiamento em comparação ao ano anterior.
Mas o financiamento não é a única solução para realizar o sonho da internacionalização. Diversas instituições de ensino superior têm desenvolvido programas de intercâmbio que permitem aos alunos vivenciar experiências acadêmicas fora do Brasil sem custos adicionais. A Wyden, por exemplo, promove anualmente o Programa de Curta Duração, que premia os melhores alunos da graduação com Mobilidade Acadêmica Presencial. Em 2024, a iniciativa ocorreu em parceria com a Universidad Siglo 21, na cidade de Córdoba, Argentina, incluindo atividades culturais e visitas institucionais.
Uma das participantes do programa foi Maria Clara, estudante de enfermagem, que descreveu a experiência como enriquecedora. "Aprendi sobre cultura, arquitetura, história do local, pratiquei o idioma e troquei conhecimentos com estudantes de outras áreas. Foi uma vivência transformadora tanto pessoal quanto profissionalmente”, afirma.
Outra possibilidade para ingressar em experiências internacionais é a pesquisa acadêmica. Um exemplo é a estudante de Ciência da Computação da Estácio, Ângela da Silva Ramos, selecionada pelo Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (CERN), na Suíça, para participar do Programa Technical Student. O CERN é um dos principais centros de pesquisa do mundo, focado no estudo das partículas fundamentais da matéria e do universo. Durante um ano, Ângela estará inserida em um grupo de TI que trabalha com tecnologias como Prometheus, Grafana, Kubernetes e Python, desenvolvendo um projeto de migração de banco de dados NoSQL.
Os programas internacionais oferecidos pelas universidades têm como objetivo ampliar as perspectivas culturais, sociais e profissionais dos alunos, preparando-os para atuar em um mundo globalizado. Essas iniciativas reforçam a troca de conhecimentos e experiências entre diferentes contextos acadêmicos, tornando a internacionalização do ensino superior uma realidade acessível a mais estudantes brasileiros.