Por: Maria Elena Covre, Lucas Israel e Fabrício Carareto
22/01/2020 às 21:50
Bastidores
Difícil
A primeira reunião do recém-empossado diretório municipal do PT, na noite desta terça-feira (21), deu mostras de que o ex-deputado estadual João Paulo Rillo (Psol) terá mais trabalho do que imaginava para ter os antigos correligionários em seu palanque na disputa pela Prefeitura de Rio Preto.
Tudo parecia bem
Com Celi Regina da Cruz, presidente do diretório municipal, viajando de férias com o marido, Carlos Henrique, a reunião, que prometia ser suave, foi comandada pelo vice-presidente, Ailton Bertoni. Entre os presentes estava ainda o vereador Marco Rillo, pai de João Paulo. Todos os quatro são fiadores do apoio ao ex-deputado.
Até que...
Mas eis que antigos desafetos de João Paulo, que começam a se reposicionar dentro da legenda na cidade, surgem como "fantasmas” do passado para assombrar os planos do ex-petista. No caso, os ex-vereadores Eni Fernandes e Márcio Ladeia.
Exílio
A primeira ficou uma temporada no PSB e chegou a integrar o governo de Valdomiro Lopes. Retornou ao PT pelas mãos de gente do andar de cima do partido quando João Paulo bateu em retirada para o Psol. O segundo atuou na CUT, em São Paulo, por dez anos, mas está de mudança para Rio Preto de novo. Ambos já se disponibilizam como possíveis pré-candidatos do partido.
Pauta-bomba
Internamente, no entanto, o tema revelou-se altamente inflamável na reunião desta terça. Bastou um "desavisado” presente pregar que o partido precisa de candidatura própria na cidade para "defender sua história”, para o vereador Marco Rillo se alterar, esquentando o debate.
Xodó
Marco Rillo chegou a dizer que apoiar João Paulo é uma questão de lógica, tendo em vista as pesquisas de intenção de voto colocam o filho na frente dele. "Além do mais, ele é meu xodó e vou apoiá-lo para prefeito”, disparou o vereador petista e pai-corujão.
Nos mínimos detalhes
Ladeia defendeu prévias, uma tradição dentro do PT. Ou seja, colocar os filiados para decidir se querem candidatura própria ou não. E, no caso da segunda opção, quem seria o candidato a ser apoiado. Além de Eni e do próprio Ladeia, outros nomes levantados seriam o de Celi Regina, também ex-vereadora, e o do professor e procurador de Justiça Plínio Gentil, candidato a vice de João Paulo em 2016.
Panos quentes
Diante dos ânimos exaltados, Ailton tratou de focar na pauta inicial da reunião, que era discutir estratégias para ajudar a completar a chapa do partido para a disputa ao Legislativo. Mas, considerando os protagonistas que ressurgem, as polêmicas estão só começando.
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