Por: Maria Elena Covre, Fabrício Carareto e Lucas Israel
18/01/2020 às 14:11
Bastidores
O presidente Jair Bolsonaro tem feito vídeos com o objetivo de animar a tropa de apoiadores que está nas ruas atrás das assinaturas necessárias para a criação do Aliança Pelo Brasil, o partido que está criando para comandar.
Novo arrastão
Neste sábado (17), grupos espalhados por todo o País voltaram às ruas, com arrastões em frente a cartórios eleitorais, a exemplo do que já foi feito no sábado passado (11). Em Rio Preto, bolsonaristas montaram plantão durante toda a manhã no 2º Cartório de Notas.
Até conseguir
O movimento na cidade é liderado pela administradora Danila Azevedo e pelo médico Paulo Bassan. Ambos afirmam que vão manter os plantões matinais todos os sábados, até que as 500 mil assinaturas necessárias em todo o País sejam coletadas.
Intimada geral
Além de Bolsonaro, os cabeças dos grupos de apoiadores apelam a um tom mais incisivo na busca por adesões. Em Rio Preto, os bolsonaristas foram chamados à responsabilidade para o ato deste sábado (18) de forma bem contundente, na linha "Bolsonaro precisa de você”.
Mais ações
A movimentação geral neste sábado (18) foi a mesma em relação à semana anterior, quando 40 assinaturas foram oficializadas no cartório, segundo os organizadores. A ideia do grupo em Rio Preto é ampliar as ações ao longo da próxima semana, espalhando faixas pela cidade e montando mesas de atendimento no Calçadão, por exemplo.
Chega de frescura
Karina Kufa, a advogada toda poderosa guindada ao posto de braço direito do clã Bolsonaro, também vem se utilizando de forma intensa as redes sociais com tutoriais sobre o processo de coleta de assinaturas e também chamando os aliados à responsabilidade. "Chega de frescura e vem ajudar!”, afirmou,
Fogueira das vaidades
Na tentativa de jogar água na fervura de egos entre apoiadores, o que estaria atrapalhando o processo de coleta de assinaturas, algo visível em Rio Preto, Karina Kufa manda recado de que "o partido não tem líderes regionais nem comissões formadas.”
Agora é oficial
Após protagonizar em esfera local a guerra nacional que levou bolsonaristas a bater em retirada do PSL, o engenheiro e empresário Marco Casale reassume oficialmente o comando da legenda em Rio Preto. A nominata com a nova composição da direção municipal da legenda entrou no sistema da Justiça Eleitoral na noite desta sexta-feira, dia 17, com validade até 16 de julho de 2020.
Em família
E a moda de se cercar de familiares para não correr risco de perder o controle da máquina fez a cabeça de Casale também. O filho dele, Victor Casale, entra como tesoureiro geral da legenda na cidade. O PSL, diga-se de passagem, vai embolsar uma pequena fortuna do Fundo Eleitoral neste ano. São quase R$ 200 milhões para financiar seus candidatos em todo o Brasil.
Subiu junto
Quem também subiu com Casale foi o seu fiel escudeiro, o jornalista Fabrício Mendes, que em Rio Preto ficou com a secretaria-geral. Ele assumiu ainda o posto de coordenador estadual do PSL Jovem. O rapaz chegou com a corda toda, já fazendo reunião na manhã deste sábado (18), na Capital, com 27 representantes de várias cidades do Interior.
Caça a PMs 1
Ainda que no cabide, a farda de militares da reserva virou uma espécie de fetiche entre lideranças partidárias de Rio Preto às voltas com a dura missão de montar chapa competitiva à Câmara nas eleições deste ano.
Caça a PMs 2
A caça a PMs inativos, ou perto da aposentadoria, vai muito além da linha prime, representada pela coronel Helena dos Santos Reis e pela sargento Cristiane Jatobá Zioti.
A onda
É a aposta em nível local da onda bolsonarista que levou nove militares a estrear na Assembleia Legislativa de São Paulo nas últimas eleições e a dobrar a bancada na Câmara Federal, passando de dez para 20.
Animadinho
Neste cenário, Coronel Vicente vê sua cotação no mercado eleitoral se valorizar. E se anima com mais uma tentativa de chegar à Câmara de Rio Preto, que já tem Jean Charles (MDB) instalado e decidido a permanecer onde está.
Metamorfose
Em termos partidários, Coronel Vicente é uma metamorfose ambulante. Nas eleições de 2016, concorreu pelo PSDB e teve 1.581 votos. Em 2017, migrou para o PRP, hoje Patriota. Agora flerta com bolsonaristas e apoiadores do Aliança, mas também colou sua imagem na do vice-prefeito, Eleuses Paiva, com ficha assinada no PSD.
Tô nem aí 1
A deputada estadual Beth Sahão (PT), pré-candidata à Prefeitura de Catanduva, faz o tipo "tô nem aí” diante da possibilidade de ter como adversário de palanque o ex-prefeito de Santa Adélia Marcelo Hercolin (DEM), afilhado do vice-governador, Rodrigo Garcia (DEM), e do deputado federal Geninho Zuliani (DEM).
Tô nem aí 2
"Não estou nem um pouco preocupada com quem será ou deixará de ser candidato em Catanduva. Estou sim preocupada em pensar projetos e iniciativas para retirar esta cidade da inércia em que foi jogada por sucessivos governos retrógrados”, afirmou a petista.
Tô em outra
Já prefeito catanduvense Afonso Macchione (PSB), que retornou ao cargo por decisão judicial após cassação do seu mandato sofrida na Câmara Municipal, preferiu não se manifestar. Na época, o político-empresário disse à coluna que pensa em disputar um quarto mandato. Ele tem sido aparecido em vídeos trocando elogios com os bolsonaristas da cidade.
Pastel tipo exportação 1
O pastel do Mercadão de Rio Preto está ganhando a "roupagem” necessária para virar produto tipo exportação. Conquistar o Brasil e cruzar o oceano é, pelo menos, os planos da Figueira da Corte, aposta do empresário André Figueira.
Pastel tipo exportação 2
André está introduzindo no século 21, com o modelo de franquias, um negócio de família que faz sucesso desde meados do século passado: a pastelaria Palmeiras, inaugurada no Mercadão de Rio Preto em 1952 pelos seus avós Juvenal e Justina.
Terceira geração
A Palmeiras já passou pelo comando de Cláudio Figueira (segunda geração), pai de André, e hoje é administrada pelo irmão dele, também Cláudio (terceira geração). É dai que sai a expertise em fazer do pastel mais famoso da cidade um negócio novo e maior.
Loja piloto
A loja piloto da Figueira da Corte acaba de ser inaugurada na Avenida Bady Bassitt. A empresária Najlla Pereira investiu R$ 180 mil para oferecer a iguaria e suas variantes num ambiente mais gourmetizado. Najlla é, também, franqueada exclusiva de outra marca com DNA totalmente rio-pretense, a Maria Bolacha, outra que acaba de entrar no mundo das franquias.
Inspiração
Segundo André, a nova marca foi inspirada no sobrenome da família – Figueira – e no fato de o tataravô dele ter sido apelidado de "Vô da Corte” quando chegou a Rio Preto vindo de Portugal. A ideia, segundo o empresário, é investir não só no mercado nacional, mas fazer o bom e velho pastel ganhar o paladar dos gringos. Os modelos de franquias da marca vão de R$ 95 mil a R$ 270 mil.