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Laura e Everton moraram por um ano em Portugal
Foto por: Reprodução
Laura e Everton moraram por um ano em Portugal

Rio-pretenses também apostam em Portugal como alternativa para recomeçar

Por: Bruna Yamasaki
17/01/2020 às 15:47
Cidades

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) divulgou números referente ao aumento de brasileiros morando em Portugal no último ano. No total, foi identificado um aumento de 43%, se tornando um quarto dos imigrantes em território português.


As facilidades apresentadas pelo país relacionadas a entrada de estrangeiros têm feito, pelo terceiro ano seguido, a comunidade brasileira em Portugal aumentar. O contrário do que aconteceu por seis anos, de 2011 e 2016.

Seja por qualidade de vida, oportunidade profissional ou simplesmente por uma experiência diferente, uma onda brasileira tem Portugal como destino principal. Em 2019, foram emitidos mais de 48 mil títulos de residência.

Entre eles estão vários rio-pretenses que buscam começar uma nova vida em terras lusitanas. Sozinhos, com família ou mesmo construindo a família fora de casa, Portugal se mostra uma experiência prática, porém de grande aprendizado.

A empresária Laura Lopes foi, junto com o marido, buscando por uma nova vivência somada ao crescimento pessoal e profissional. As facilidades, o idioma e a localização foram os pontos que elencaram Portugal como o destino do casal, que sempre sonhou em conhecer a Europa.

"A experiência de viver lá foi muito boa, nos amadureceu muito, embora não seja fácil a vida de imigrante. Acredito que em qualquer lugar do mundo, imigrante é imigrante e as dificuldades são as mesmas, mesmo falando a mesma língua”, falou Laura. 

Ela conta que, embora o crescimento profissional tenha sido grande, a bagagem de aprendizado pessoal foi maior ainda. "Se nos perguntassem se faríamos tudo de novo a resposta seria sim. Todos os desafios que enfrentamos fora da nossa zona de conforto nos tornou pessoas maiores e melhores”, disse.

O marido e sócio dela, Everton Alves, destaca que o estilo de vida acaba mudando da água para o vinho, inclusive, no que se refere à segurança. "Nós desligamos a chave daquela tensão de sair de casa e se preocupar se vão te abordar e te roubar”, disse.

O processo de entrada em Portugal, segundo eles, não é burocrático. Esse é o motivo de muitas pessoas que pretendem ficar irem como turistas para só então, estando no lá, se regularizarem no país. Esse, porém, é um caminho mais complicado e demorado, então "muitas pessoas desistem no meio do caminho pois não é fácil”.

Após um ano e meio morando lá, voltaram para casa com a família maior e mais enriquecida, em todos os aspectos. Dizem que passariam por tudo de novo, mas como já dizia a protagonista de O Mágico de Oz, "Não há lugar como o nosso lar”, e disso eles têm certeza.

"Mesmo com todos os benefícios de um país europeu, além do custo de vida que é baixo, chegamos a uma conclusão: nada se compara com nosso país de origem, nossa casa”, falou Laura.

Como a maioria das coisas dessa vida, a adaptação não é um processo simples para todo mundo. Luciana Brito, de 47 anos, é enfermeira e há um ano deixou o país pela experiência em Portugal junto com a família. 

Ela, o marido, que é policial militar aposentado, e o casal de filhos, de 9 e 21 anos, partiram para as terras lusitanas em dezembro de 2018 e ficaram exatamente um ano por lá. "Esperei meu esposo se aposentar e em maio resolvemos que iríamos embora”, contou.

Portugal era um sonho antigo da enfermeira que, mesmo descendente de portugueses, ainda não conhecia. Entretanto, correr atrás de toda a documentação necessária para toda a família foi o primeiro dos muitos desafios que encontrou.

Apesar disso, conta que a jornada foi válida. Boa enquanto durou. "A experiência valeu, mas a gente não se adaptou”, disse. Ela contou que a grande e imediata diferença que notaram foi referente ao carisma e acolhimento dos portugueses, já que eles "não são tão receptivos quanto como os brasileiros”.

Além disso, a falta do calor e conforto de casa pode tornar as coisas ainda mais delicadas no momento da mudança. "Não é nada fácil, as pessoas acham que é fácil mas não é. É muita correria, você está num país estranho, com pessoas estranhas e você tem que recomeçar uma vida onde ninguém te conhece”, falou.

A família estava estabilizada na nova casa. Apartamento montado, carro e alta qualidade de vida mas, segundo Luciana, não estavam totalmente felizes. "A gente tinha muita saudade e por isso resolvemos voltar”.

Ainda assim, ela considera a experiência muito válida pela oportunidade de ter conhecido um novo país, nova cultura, pessoas e nacionalidades.







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