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Operação Vagatomia foi deflagrada em 8 de fevereiro.
Foto por: Divulgação
Operação Vagatomia foi deflagrada em 8 de fevereiro.

Universidade Brasil acusa delegado de ter infiltrado pessoas em investigação ilegal

Por: Lucas Israel
03/12/2019 às 16:51
Política

A Universidade Brasil ingressou com uma representação na Superintendência da Polícia Federal contra o delegado Cristiano Pádua da Silva, chefe da delegacia da PF de Jales. O pedido foi feito pelo advogado da instituição Adib Abdouni nesta segunda-feira (2). Ele também ocupa o cargo de reitor na Universidade Brasil.


De acordo com a representação, o delegado federal teria cooptado funcionários do campus de Fernandópolis da Universidade Brasil para se infiltrar ilegalmente na instituição, sem qualquer autorização judicial. Ainda segundo o pedido, o delegado teria agido "movido por interesses privados".

As investigações foram iniciadas em 8 de fevereiro e jogavam luz sobre supostas fraudes e vendas de vagas nos cursos de medicina. O trabalho culminou na Operação Vagatomia, deflagrada em 3 de setembro e que terminou na prisão do dono da Universidade Brasil, José Fernando Pinto da Costa, solto no dia 26 de setembro. Outras 32 pessoas também foram denunciadas pelo Ministério Público Federal (MPF)

Cristiano, no entanto, chegou a ser contratado como professor de Direito na instituição, o que configuraria conflito de interesse, já que ele não poderia investigar o seu próprio local de trabalho. "Ele nem pode alegar que atuava como infiltrado porque não tinha autorização judicial para tanto", diz Abdouni em seu texto, entregue à Superintendência da PF.

Ainda segundo a peça que defende a Universidade, Juliana da Costa - diretora de Graduação da Universidade Brasil e uma das delatoras do caso junto à PF - teria viabilizado a contratação do delegado na qualidade de professor auxiliar. "Ele cooptou a delatora premiada Juliana da Costa, que fraudava editais para a indevida aprovação de alunos e obtenção de financiamentos pelo Fies, o ex-vice-presidente Décio Correia Lima, que foi poupado pelo delegado, furtara equipamentos e informações do Ensino à Distância”.

Na representação, Abdouni ainda diz que o delegado teria adulterado trechos de gravação que não condiziam com o depoimento prestado por Juliana à polícia.







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