Pesquisa analisa o mercado de trabalho entre os anos de 1985 e 2020; número de trabalhadores no mercado triplica ao longo dos últimos 35 anos em São José do Rio Preto
Nesta
segunda-feira (01) foi realizado o lançamento das atividades do Centro de Estudos
Econômicos da Acirp. Toda a iniciativa do projeto e apuração da pesquisa foram
lideradas pelo diretor do CEE, Wagner Jacometti e o economista responsável pelo
CEE, Adnan Jebailey.
Durante
a cerimônia, os dois representantes divulgaram a primeira pesquisa feita pelo
CEE, onde foram apresentados cinco indicadores econômicos em formato de
Business Intelligence (BI) entre balança comercial, turismo, saldo de empregos,
perfil das empresas e painel de impostos. Paralelo a esses indicadores
virtuais, mais cinco estudos inéditos de movimentação e cenários econômicos
foram lançados em formato de boletins para o público presente.
Uma
revisão de dados feita pela pesquisa divulgada, indica que o número de
trabalhadores no mercado em São José do Rio Preto triplicou ao longo dos
últimos 35 anos. A pesquisa se baseou nos números fornecidos pela Relação Anual
de Informações Sociais (RAIS) do Ministério da Economia que analisou o mercado
entre os anos de 1985 e 2020.
O
número de trabalhadores em 1985 era de 71.316, já em 2020 o número saltou para
199.960, um aumento de 180,4% ao longo das últimas três décadas. Mesmo o ano de
2020 sendo marcado pelo início da pior crise humanitária desencadeada pelo novo
Corona vírus que o Brasil já viveu, o emprego com carteira assinada ganhou
protagonismo e espaço no mercado de trabalho durante esse período.
Quando
comparamos a análise em relação a participação da população como força de
trabalho em Rio Preto percebe-se que no ano de 1985, com uma população estimada
de 231.821, tinha-se uma força de população-trabalhadores que representava 31%.
Em 2020 com um aumento significativo da população rio-pretense, 464.983
habitantes, vê-se um aumento da relação população-trabalhadores que saltou para
43%, representando, portanto, um aumento de 12% no período estudado.
Esse crescimento no número de admissões mostra que ao longo dos anos o perfil do trabalhador rio-pretense mudou. Em 1985, apenas 8,2% da população tinha Ensino Superior (Completo e Incompleto), em 2020, 22,7% dos trabalhadores rio-pretenses possuem Ensino Superior. A representatividade das mulheres também ganhou força, em 1985 apenas 29,2% dos trabalhadores eram mulheres e em 2020 esse número saltou para 44,78%.
Os dados levantados pelo RAIS ainda mostram que o protagonismo dos jovens no mercado era maior na década de 80. Em 1985, 32,6% dos jovens com idade entre 18 e 24 anos já estavam ativos no mercado de trabalho, no entanto, em 2020, os jovens nessa mesma faixa etária representam apenas 16,4% dos trabalhadores. A justificativa dessa baixa na porcentagem é dada pela entrada tardia dos jovens no mercado de trabalho.
As grandes empresas também contribuem para geração de emprego e renda nas cidades. Em 1985, grandes corporações com 500 ou mais vagas para funcionários se instalam em São José do Rio Preto, gerando 11,7% dos empregos na cidade. Em 2020, esse cenário foi ainda mais positivo; as empresas com o mesmo quadro de funcionários empregaram 14% dos trabalhadores rio-pretenses.