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No dia 17 de maio do corrente ano houve uma tentativa de homicídio no bairro Jd. Nunes, zona norte de Rio Preto. Na empreitada, indivíduo desconhecido aparece em imagens de circuito de segurança manobrando uma arma de fogo tipo pistola e perseguindo um desafeto. O autor acerta dois disparos na vítima, que se refugia em um petshop e usa uma funcionária de escudo humano para tentar se livrar de seu algoz. A vítima foi atingida nas nádegas e em uma das mãos, sendo socorrida em seguida e não foi a óbito. 

Rapaz é perseguido na região norte e escapa de assassino

A 3ª Delegacia de Homicídios da DEIC de Rio Preto tomou ciência da tentativa de homicídio e de imediato iniciou as investigações. Nas imagens da câmera aparece um veículo que dá fuga ao executor da tentativa de homicídio, apontando claro concurso de mais pessoas no ilícito.

Posteriormente esse veículo, que era produto de roubo, fora localizado abandonado pela Polícia Militar. A DH comparece ao local do encontro e solicita imediata participação de agentes do IIRGD da Capital para perícia e coleta de impressões digitais no veículo. 

Os trabalhos papiloscópicos encontraram impressões de dois suspeitos, sendo um maior de idade e outro menor. As identidades dos eventuais partícipes foram compartilhadas entre a DEIC e a Polícia Militar, sendo que ambos averiguados foram localizados pelos policiais militares e conduzidos à DH.

O rapaz menor de idade possui 16 anos e tinha em seu desfavor um mandado de busca e apreensão expedido pela Vara da Infância e juventude e o maior de idade (18 anos) tinha dois mandados contra ele exarados pela mesma Vara por infrações cometidas ainda quando adolescente infrator. Com a dupla a PM encontrou 2,5Kg de maconha, uma arma de fogo (não a utilizada no crime) e uma moto produto de crime. A dupla foi ouvida pela Autoridade Policial da DH e formalmente apreendida, mas o rapaz de 18 foi ainda preso em flagrante pois sua maioridade lhe é desfavorável. 

Ficou apurado até o presente no inquérito que o menor dirigiu o carro para dar a fuga ao atirador e o maior acompanhou os fatos, porém quem teria realizado os disparos fora um terceiro, também menor de idade no dia atentado. Este, na presença de sua mãe e de seu advogado, compareceu à DEIC e foi formalmente inquirido sobre os acontecimentos, assumindo a autoria dos tiros. Disse que foi convencido pelos parceiros a agir logo, porque na data dos fatos tinha 17 anos e no dia seguinte, seu aniversário, atingiria a maioridade (sic). 

Sobre a motivação da tentativa de homicídio, o infrator disse que teve seus familiares ameaçados pela vítima, mas tudo dentro do contexto da guerra entre bairros rivais que já ceifou várias vidas e resultou em outros tantos presos ou apreendidos. 

Em síntese, a polícia identificou 3 coparticipantes do crime, sendo: o motorista de 16 anos, o parceiro de 18 que ficou no carro, e o atirador com 17 anos no dia do ocorrido, mas que fez 18 um dia depois. A Polícia Civil trabalha com a hipótese de haver um quarto elemento que teria participado do crime e seguem as diligências a fim de identifica-lo.