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Luiz Storino é jornalista no DLNews e do Programa Microfone Aberto na Rede Massa de Rádio
Foto por: Arquivo Pessoal
Luiz Storino é jornalista no DLNews e do Programa Microfone Aberto na Rede Massa de Rádio

Sim senhor, não senhor. Fora isso é demissão

Por: Luis Storino
28/04/2022 às 19:30
Opinião

O PSDB sempre deixou a desejar na Segurança Pública, desde a época do governador Mário Covas que a polícia é punida, passando muitas vezes de vítimas a acusados. Certa vez Covas em uma entrevista disse que os policiais que entravam em confronto precisavam de reciclagem, a Polícia de São Paulo sempre estava desfalcada com seus melhores homens, pois entrar em confronto significava "punição”.


A Polícia paulista é punida diariamente com os piores salários do Brasil, mesmo o            PSDB tendo diversos governadores desde Covas a Rodrigo Garcia. A PM é regada de equipamentos, viaturas, armas, coletes e até câmeras que evitam as denúncias de pessoas comuns, como local de cativeiros, entre outras, pois o anonimato não existe mais. Sem dinheiro no bolso, câmeras, punições e grupos de direitos humano pegando no pé, a polícia paulista fica sem motivação.

Nos últimos anos, secretários que passaram pela pasta da segurança mais atrapalharam que ajudaram. Entre eles Saulo Castro e Alexandre de Moraes, atual Ministro do STF. Ao longo dos governos vimos crescer o PCC no estado, que em 2006 atacou e parou a capital e a maioria das cidades do interior. A avenida Paulista só ficou vazia por duas vezes em dia útil, nestes ataques e com a covid. Ou seja o desmando na segurança provocou consequências parecida com a pandemia.

Neste mês de maio, no próximo dia 15,  lembramos de  15 anos dos ataques, 564 pessoas entre civis e agentes morreram. Saulo Castro negociou o fim dos ataques terroristas, mas até hoje não se sabe o que foi acordado.

É nesta onda de incompetência, que o PSDB chega em mais uma eleição com ameaça  de ser derrotado. Além dos estragos que João Dória promoveu na imagem do partido, agora Rodrigo Garcia tenta reunir eleitores e corre contra o tempo. E sabe que nos quarteis da PM existe um sentimento pró Bolsonaro, que a reboque significa Tarcísio de Freitas, capitão do Exército, candidato a Governador.

Não se sabe se as mexidas feitas por Garcia nas cúpulas da PM e Civil vão angariar simpatia para sua empreitada. Mas, a cada movimento vem um estrago. O último em Rio Preto, quando o Coronel Fábio Rogério Cândido foi demitido e "promovido” ao comando de policiamento de área na capital. Se fosse um general do exército, Fábio seria um general de brigadas, pois comanda cinco batalhões de infantaria, o que vale ao efetivo de uma Brigada de Infantaria. Não é pouca coisa, em troca lhe oferecem pouco. Tudo isto acontece depois de o Coronel concedeu uma entrevista ao Diário da Região. O coronel é sincero ao dizer aos quatro cantos que a política de segurança público do estado é "equivocada”. Sem dúvida é. O rastro deixado por secretários comprovam. O coronel foi punido, com certeza. Coincidentemente com o decreto do governo saiu uma reportagem, onde falam sobre a violência policial do estado e colocam o CPI 5 do coronel Fábio como um dos mais violentos do estado, mais que a capital e cidades maiores proporcionalmente.

Apenas uma coincidência esta reportagem aparecer neste momento. Se a policia daqui é violenta, não sabemos como será o comportamento da tropa com tudo isto. Militar é obrigado a seguir hierarquia e disciplina. Mas o voto continua secreto. E quem comanda o CPI/5 a partir de agora é o comandante do Baep. 

 

Luiz Storino é jornalista no DLNews e do Programa Microfone Aberto na Rede Massa de Rádio.







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