Sorte, não tem nada a ver com negócios. Tudo é questão de estratégia, tática, esforço, perseverança e sobretudo, coragem.
Eu não sei você, mas fico
muito bravo quando ouço alguém dizer que tal pessoa teve sorte nesse ou naquele
empreendimento.
Sorte, não tem nada a ver
com negócios. Tudo é questão de estratégia, tática, esforço, perseverança e
sobretudo, coragem.
Tem gente que carrega com
sigo uma ideia brilhante por anos e nunca coloca em prática por medo de que não
dê certo. Outros o fazem e a ideia
prospera. Isso não foi sorte. Foi coragem e iniciativa. Claro que poderia dar errado. Aliás, falir é do jogo e recomeçar uma, duas,
cinco vezes, também é.
A história é rica de casos
em que só depois de muito tropeço, certos campeões se consolidaram. O mundo empresarial é farto de falidos que
levaram anos se reconstruindo até acertarem de vez.
É por conta desse receio, que
gente frustrada assiste incomodada o sucesso alheio pensando que poderia ser
seu, mas nunca arriscou de fato. Oras,
quem carrega o ônus é quem tem direito ao bônus. Quem não padeceu, não ralou, não colocou a
cabeça à prêmio, não pode esperar os mesmos louros do que aquele que caminhou descalço
sobre a brasa e pelo fio da navalha.
Digo isso não como crítica
aos conservadores e tímidos, mas para incentivar neles uma atitude em prol de
seus sonhos.
Quem é da minha idade, deve
se lembrar que a vontade de toda mãe e pai de nossa adolescência era que
conseguíssemos um emprego em bancos ou então em uma repartição pública. A garantia da carteira assinada ou do
concurso era sinônimo de tranquilidade e futuro feliz.
Mas quem conseguiu isso à
época, assistiu do alto de sua estabilidade, muito amigo ou amiga enriquecer e
se desenvolver com negócios criativos e que mudaram suas histórias e as de
outros à sua volta.
Sem apologia à demissão
compulsiva, até porque vivemos no auge do desemprego no país, o que estou
querendo dizer é que há sim grandes possibilidades para quem avança em seguir
sua intuição.
Lógico que cada um precisará
saber o tamanho da sua disposição em lutar e mesmo em arcar com
consequências. Somar contas em cima de
contas, responsabilidades das mais diversas, não é coisa pouca e nem feita pra
todo mundo.
Uma certa dose de sangue
frio pode fazer enorme diferença. Contudo,
tem que se pensar na imensa lista de situações que precedem a abertura de um
negócio. São exigidos detalhamento, prudência, firmeza e recursos que vão além
de investimentos materiais.
Qual estrutura é
requerida? Os produtos ou serviços a
serem negociados são de interesse, utilidade ou necessidade para todas as
pessoas e épocas, independente de oscilações de tempo ou economia? Qual a
equipe necessária para rodar o projeto?
Por fim, de onde virão os recursos financeiros, tempo, conhecimento e
agilidade?
Para muitos, esses itens são
suficientes para desanimar e é o que fazem.
Para outros, ao contrário, tudo parece ser extremamente fácil. Daí tanto para um tipo, quanto para outro, a
temperança é fundamental. Não é tão simples e não é impossível.
A quem tem receio ou parcas
condições materiais para montar um empreendimento, o ideal seria começar por
uma franquia.
Geralmente franquias são
testadas e aprovadas. Existe uma unidade
piloto que funciona e pode ser visitada, replicada, estudada e conferida. Há ainda um suporte técnico dos franqueadores
para permitir que, desde a implantação até a consecução do equilíbrio, a
unidade franqueada fique amparada.
Mas se a ideia é inovadora e
não há referência, embora os cuidados devam ser ainda maiores, as chances de
sucesso também o são.
O público "ama”
novidades. E se você tem algo inovador, o
negócio é fazer com ele seja renovável a todo instante. Uma ideia que se aperfeiçoa e se atualiza com
o dia a dia rapidamente explodirá.
Há que se tomar cuidado com
aquela inovação que não permanece. Já me deparei com empresas que foram vítimas
da sazonalidade, da faixa etária de seu público-alvo, da classe econômica dos
consumidores ou mesmo de modismos passageiros. Inovação permanente sempre
encontrará guarida e manterá uma marca vigorosa.
Para saber se algo é novo de
verdade, observe o mundo à sua volta.
Quanta criatividade em coisas tão simples. Uma amiga, lá do Sul, consagrou-se alugando
bolsas e sapatos de grife. E práticas
parecidas, abundam por aí.
Pois então. Quando é o melhor momento para colocar esse
plano em ação? Esperar a crise passar ou aproveitar que todos estão recolhidos
de medo?
Essa é de longe a questão
mais íntima dessa discussão. Afinal, cada um é cada um. Eu por exemplo, sou do tipo que viaja no
refrão "quem sabe faz a hora, não espera acontecer”.