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Carlos Alexandre

Empresário, formado em Administração Pública pela Universidade Federal de Ouro Preto


Quando?

Por: Carlos Alexandre
16/06/2021 às 11:06
Empresa | Empreendedorismo

Sorte, não tem nada a ver com negócios. Tudo é questão de estratégia, tática, esforço, perseverança e sobretudo, coragem.

Eu não sei você, mas fico muito bravo quando ouço alguém dizer que tal pessoa teve sorte nesse ou naquele empreendimento.

Sorte, não tem nada a ver com negócios. Tudo é questão de estratégia, tática, esforço, perseverança e sobretudo, coragem.

Tem gente que carrega com sigo uma ideia brilhante por anos e nunca coloca em prática por medo de que não dê certo.  Outros o fazem e a ideia prospera.  Isso não foi sorte.  Foi coragem e iniciativa.  Claro que poderia dar errado.  Aliás, falir é do jogo e recomeçar uma, duas, cinco vezes, também é.

A história é rica de casos em que só depois de muito tropeço, certos campeões se consolidaram.  O mundo empresarial é farto de falidos que levaram anos se reconstruindo até acertarem de vez.

É por conta desse receio, que gente frustrada assiste incomodada o sucesso alheio pensando que poderia ser seu, mas nunca arriscou de fato.  Oras, quem carrega o ônus é quem tem direito ao bônus.  Quem não padeceu, não ralou, não colocou a cabeça à prêmio, não pode esperar os mesmos louros do que aquele que caminhou descalço sobre a brasa e pelo fio da navalha.

Digo isso não como crítica aos conservadores e tímidos, mas para incentivar neles uma atitude em prol de seus sonhos.

Quem é da minha idade, deve se lembrar que a vontade de toda mãe e pai de nossa adolescência era que conseguíssemos um emprego em bancos ou então em uma repartição pública.  A garantia da carteira assinada ou do concurso era sinônimo de tranquilidade e futuro feliz.

Mas quem conseguiu isso à época, assistiu do alto de sua estabilidade, muito amigo ou amiga enriquecer e se desenvolver com negócios criativos e que mudaram suas histórias e as de outros à sua volta.

Sem apologia à demissão compulsiva, até porque vivemos no auge do desemprego no país, o que estou querendo dizer é que há sim grandes possibilidades para quem avança em seguir sua intuição.

Lógico que cada um precisará saber o tamanho da sua disposição em lutar e mesmo em arcar com consequências.  Somar contas em cima de contas, responsabilidades das mais diversas, não é coisa pouca e nem feita pra todo mundo.

Uma certa dose de sangue frio pode fazer enorme diferença.  Contudo, tem que se pensar na imensa lista de situações que precedem a abertura de um negócio. São exigidos detalhamento, prudência, firmeza e recursos que vão além de investimentos materiais.

Qual estrutura é requerida?  Os produtos ou serviços a serem negociados são de interesse, utilidade ou necessidade para todas as pessoas e épocas, independente de oscilações de tempo ou economia? Qual a equipe necessária para rodar o projeto?  Por fim, de onde virão os recursos financeiros, tempo, conhecimento e agilidade?

Para muitos, esses itens são suficientes para desanimar e é o que fazem.  Para outros, ao contrário, tudo parece ser extremamente fácil.  Daí tanto para um tipo, quanto para outro, a temperança é fundamental. Não é tão simples e não é impossível.

A quem tem receio ou parcas condições materiais para montar um empreendimento, o ideal seria começar por uma franquia.

Geralmente franquias são testadas e aprovadas.  Existe uma unidade piloto que funciona e pode ser visitada, replicada, estudada e conferida.  Há ainda um suporte técnico dos franqueadores para permitir que, desde a implantação até a consecução do equilíbrio, a unidade franqueada fique amparada.

Mas se a ideia é inovadora e não há referência, embora os cuidados devam ser ainda maiores, as chances de sucesso também o são.

O público "ama” novidades.  E se você tem algo inovador, o negócio é fazer com ele seja renovável a todo instante.  Uma ideia que se aperfeiçoa e se atualiza com o dia a dia rapidamente explodirá.

Há que se tomar cuidado com aquela inovação que não permanece. Já me deparei com empresas que foram vítimas da sazonalidade, da faixa etária de seu público-alvo, da classe econômica dos consumidores ou mesmo de modismos passageiros. Inovação permanente sempre encontrará guarida e manterá uma marca vigorosa.

Para saber se algo é novo de verdade, observe o mundo à sua volta.  Quanta criatividade em coisas tão simples.  Uma amiga, lá do Sul, consagrou-se alugando bolsas e sapatos de grife.  E práticas parecidas, abundam por aí.

Pois então.  Quando é o melhor momento para colocar esse plano em ação? Esperar a crise passar ou aproveitar que todos estão recolhidos de medo?  

Essa é de longe a questão mais íntima dessa discussão. Afinal, cada um é cada um.  Eu por exemplo, sou do tipo que viaja no refrão "quem sabe faz a hora, não espera acontecer”.






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