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Tamires Barrionuevo

Planejadora Financeira CFP e tem mais de 14 anos de experiência no mercado financeiro. É líder de operações e assessora de investimentos da BlueTrade em São José do Rio Preto.


A mulher no mercado financeiro

Por: Tamires Barrionuevo
10/03/2021 às 15:46
Tamires Barrionuevo

Um segmento predominantemente masculino, o mercado financeiro tem sentido a mudança dessa sua principal característica nos últimos tempos.

Do lado das mulheres investidoras, os números, ainda que pequenos, têm crescido anualmente.  Apesar das mulheres serem a maioria da população brasileira (51,7%), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), elas representam apenas 31% no Tesouro Direto em 2020 e 26% dos investidores na bolsa, sendo que esse número mais do que dobrou de 2019 para 2020 segundo a B3.

Muitas ações são voltadas para que elas comecem a se interessar por um assunto ainda tão "masculino”, e a internet tem sido fundamental para difundir conhecimento às mulheres de todas as classes sociais para que aprendam a ganhar e investir seu próprio dinheiro.

A Nathalia Arcuri, do canal Me Poupe, possui quase 3 milhões de seguidores no Instagram e é a mulher mais influente do nicho de finanças na internet, com conteúdo voltado para mulheres que queiram ser independentes e aprender a investir do zero.

Existem também assessorias e até mesmo bancos voltados exclusivamente a elas, tidas como mais "conservadoras” em relação ao dinheiro. Não é que elas sejam conservadoras, é que na hora de investir, o público feminino busca vincular as aplicações financeiras a propósitos e valores, não apenas à rentabilidade.

No âmbito profissional, as mulheres ainda são minoria, mas tem mudado essa realidade com vigor, principalmente nos cargos de gestão, onde os índices são ainda menores.

Um estudo do Goldman Sachs mostrou que De quase 500 fundos multimercado dos EUA acompanhados pelo banco, os com pelo menos um terço dos cargos de gestão ocupados por mulheres saíram-se melhor na crise do coronavírus

As mulheres têm buscado seu espaço com a conquista de certificações e formações para estarem aptas aos cargos mais elevados das companhias em que trabalham. E o mercado financeiro já percebeu o valor feminino na liderança.

Em 2020, a XP assumiu publicamente o compromisso de atingir a equidade de gênero  em seu quadro de funcionários, em todos os níveis hierárquicos, até 2025. Para isso, a empresa lançou o coletivo feminino MLHR3, formado por 135 mulheres e pelo CEO, Guilherme Benchimol.

Nos EUA existe um fundo de investimento, o ETF SHE, que tem como objetivo investir apenas em empresas que têm forte presença feminina em cargos de liderança. Esse fundo seleciona, dentre as 1.000 maiores empresas americanas, as que apresentam maior proporção de mulheres em cargos executivos ou no conselho. Isso faz com que as empresas criem políticas de equidade e busquem capacitar e contratar mulheres em todos os níveis.

No Brasil, é possível investir nesse ETF através do fundo Trend Lideranças Femininas FIM, criado pela XP.

As mulheres têm sido protagonistas em todas as esferas e estão garantindo seu espaço com sua capacidade de lidar com as situações de forma empática e resolutiva e os números mostram que esse caminho só traz bons resultados para os negócios. 






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