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Heitor Mazzoco

Jornalista


O ensinamento dos Estados Unidos na disputa eleitoral

Por: Heitor Mazzoco
17/02/2020 às 08:33
Heitor Mazzoco

Os EUA vivem neste momento as prévias do partido Democrata para decidir quem disputará a eleição presidencial contra Donald Trump, que tentará a reeleição. Os norte-americanos assumem o período eleitoral como brasileiros assumem o período de Copa do Mundo: com empolgação para todos os lados.

Mas um ponto significativo chama atenção e precisa ser usado como exemplo para todos os países, o que inclui o Brasil. A rotatividade de candidatos à Casa Branca, o que dificilmente ocorre na disputa pelo Palácio do Planalto.

Ao analisar as disputas entre democratas e republicanos desde 2000, percebe-se que um confronto nunca se repetiu. Em 2000 e 2004, George W. Bush venceu Al Gore e John Kerry, respectivamente. Em 2008 e 2012, Barack Obama derrotou John McCain e Mitt Romney. Na última eleição, Donald Trump conseguiu a façanha de derrotar Hillary Clinton.

Hillary Clinton, por exemplo, tem todas as condições de disputar a eleição deste ano. Mas não vai. Não está entre as alternativas dos democratas na disputa pela prévia.

Entre os outros que disputaram a cadeira mais importante da Casa Branca, apenas o ex-senador John McCain morreu em 2018.
É algo para admirar na política norte-americana, que demonstra apreço pela democracia.
Mas vamos para nossa realidade de país de terceiro mundo, medíocre e ignorante.  

Não por menos o Brasil tem muitos partidos políticos, mais de 30, que servem para autocratas se perpetuaram na vida mansa de nadar de braçada em verba pública.

Ao analisar as eleições de 2002 para cá, vemos um já recorrente Luiz Inácio Lula da Silva obcecado pelo poder. Venceu em 2002 e 2006 e, não fosse a Lava Jato, teria disputado em 2018. Lula é um exemplo de "dono" de partido.

Segue na mesma linha de "perseguição" pela Presidência da República o ex-governador do Ceará Ciro Gomes. Este disputou em 2002 e 2018. Ciro tem claras intenções de entrar na briga por 2022.

José Serra é o político que não tem a lealdade com eleitor, pois não permanece num cargo público. O entra e sai do tucano culminou com o melhor para a população paulista e brasileira: seu esfarelamento político. Vale lembrar que Serra já estava em Brasília desde 1995, quando FHC assumiu o poder. Serra disputou em 2002 e 2010 e ainda tentou movimentos para disputar em 2014.

Marina Silva, ex-petista, mostra trações de ganância, talvez, oriundas de seu antigo partido. Disputou 2010, 2014 e 2018. Provavelmente será candidata em 2022. As inúmeras tentativas fizeram, inclusive, que Marina Silva despencasse na votação ao comparar 2010 e 2018.  De 19,6 milhões (19,3%) para pouco mais de 1 milhão de votos (1%).

Enquanto isso ocorrer, vamos continuar a assistir políticos se perpetuando no poder e a acéfala disputa entre torcedores de acéfalos políticos continuar.






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